Doce Páscoa...

e ternurenta, uma época que nos remete para a nossa saudosa coelhinha!

que fofura!

um adorno de fios...

Encontrei, casualmente, este adorno composto por fios entrelaçados, tecidos, e bordados, em forma de primavera!

"joalharia têxtil",  um conceito pouco definido e com fronteiras muito difusas! 

De Que São Feitos os Dias?

De que são feitos os dias? 

- De pequenos desejos, 

vagarosas saudades, 

silenciosas lembranças.
...

Dentro deles vivemos, 

dentro deles choramos, 

em duros desenlaces 

e em sinistras alianças... 

Cecília Meireles

porque não?

Quero encontrar uma ideia simples para decorar a minha mesa de Páscoa...

a base é o elemento de maior realce!

Verde que te quero verde.

"Verde vento. Verdes ramas.
O barco vai sobre o mar
e o cavalo na montanha.
Com a sombra pela cintura
ela sonha na varanda,
verde carne, tranças verdes,
com olhos de fria prata.
Verde que te quero verde.
...

Verde que te quero verde.

Verde vento. Verdes ramas.

O barco vai sobre o mar.

E o cavalo na montanha."

Federico Garcia Lorca 

Colhe a alegria das flores

Colhe a alegria das flores da primavera e brinca feliz enquanto é tempo. Sempre haverá os dias em que chegará o inverno e não terás o perfume das flores, nem o sol, nem a vivacidade das cores.

Augusto Branco

o encanto da renovação!

Pausa lectiva...

Quero e preciso de algum tempo para mim...

ilustração de Samantha Dodge

vamos ver!!!

avaliar...

uma palavra, uma intenção, uma tarefa...

a cada dia, mais difícil de definir e efectivar !!!

Aqui

...

Aqui livre sou eu — eco da lua 
E dos jardins, os gestos recebidos 
E o tumulto dos gestos pressentidos, 
Aqui sou eu em tudo quanto amei. 
...
Sophia de Mello Breyner Andresen

Eduardo Salavisa

Aqui, sou feliz...

As saudosas, "rolhas"

Uma receita muito semelhante às nossas "rolhas", um bolo, inesquecível, dos tempos da minha bem-aventurada juventude! Ainda consigo sentir o aroma e aquele sabor imaginário! Era raro o dia que não me deliciava, insaciavelmente, com uma, entre cada gole de café, na pastelaria fantástica, coladinha à minha casa da Conde Valbom… outros tempos!!!

Ao acaso, encontrei um site, que já adicionei aos meus favoritos, uma receita que me fez recuar no tempo e vou querer partilhá-la com a família!

Uma opção muito agradável para uma manhã de fim-de-semana, descontraída!

Ingredientes

Massa:

2 Colheres de sopa de água morna

1 1/2 Colheres de chá de fermento biológico seco

1/3 De uma chávena de leite integral, morno

1 3/4 Chávena de farinha

1 Colher de chá de extrato de amêndoa

2 Ovos grandes

1 Gema grande

3 Colheres de sopa de açúcar

1/4 Colher de chá de sal

8 Colheres de sopa de manteiga sem sal, amolecida à temperatura ambiente

Recheio:

2 Colheres de sopa de manteiga sem sal, derretida

1 Colher de sopa de açúcar

Calda:

1/4 Chávena de manteiga sem sal

1 Colher de chá de canela

1/2 Chávena de açúcar

Instruções

1 - Comece por misturar muito bem a água e o fermento, numa tigela pequena, de seguida, o leite.

Depois de tudo envolvido junte ao preparado apenas 1/2 chávena de farinha e mexa até formar uma massa lisa e homogénea. Cubra a tigela e deixe repousar a massa pelo menos 20 minutos, de forma a subir para o dobro do seu tamanho original.

2 - Numa tigela pequena, misture os ovos, a gema o extracto de amêndoa e adicione, muito bem, à massa anterior.

Depois de bem misturado junte a restante farinha, o açúcar e o sal. Bata muito bem, poderá utilizar a batedeira, (gancho de massa) a uma velocidade média-alta durante cinco minutos.

Ainda na batedeira acrescente a manteiga amolecida, reduzindo a velocidade da batedeira para médio.

3 - Coloque a massa numa tigela limpa, cubra-a com um pano e deixa-a crescer cerca de uma hora e meia, até dobrar de tamanho, no frigorífico. Poderá ficar assim até 2 dias.

4 - Passado este processo coloque-a uma superfície levemente enfarinhada e estenda-a até obter um rectângulo, pode usar um pouco mais de farinha se necessário, no caso da massa aderir à superfície de trabalho ou ao rolo. Pincele-a com manteiga derretida, deixando-a a um centímetro do rebordo. Polvilhe as áreas manteiga com o açúcar.

5 - Faça um rolo e corte-a em rodelas (12 partes iguais). Unte as formas (queques) e coloque uma rodela em cada forma.

Tape as formas e deixe novamente a massa repousar, cerca de uma hora.

6 - Quando a massa estiver quase no topo da forma, aqueça o forno (200 °) , de seguida leve-os a cozer durante 25 a 30 minutos.

7 - Deixe que arrefeçam ligeiramente e envolva-os na manteiga e em seguida passe-o na canela-açúcar.

Óptimos para comer de imediato!

outros tempos, mesmo, hoje teria de ignorar todas as iguarias da dita pastelaria e tomar apenas um cafézinho!

doce primavera...

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.

Cecília Meireles

pode instalar-se, deliciosamente, no meu jardim!

outro caminho...

Há que decidir... existem dias penosos, sentidos, dias de tomar decisões peculiares!

                                                                 Jon Lau

mais difíceis, quando não existe espaço de reflexão... a procura de outro caminho, um caminho onda eu possa ser feliz!

especiarias na biblioteca!!!

Uma pequena exposição, sobre a "Rota da Índia", um projeto da disciplina de História e particularmente da professora Susana!
São estas actividades que dão sentido à biblioteca... todas as literacias em 
plena comunhão!
  

pena que não possam sentir o aroma... simplesmente, envolvente!

"Leituras errantes..."

Na minha biblioteca, hoje!
Um espaço de partilha, reencontros, saberes, afetos...

Obrigado pela vossa presença... foi tão reconfortante, bem-hajam!

Instante

Deixai-me limpo

O ar dos quartos

E liso

O branco das paredes

Deixai-me com as coisas

Fundadas no silêncio.

Sophia de Mello Breyner Andresen

tempo de leituras!

uma semana do outro mundo!

tantas são as atividades!

que nos esperam, na semana da leitura!

Voando só por voar

...

E as estrelas

Que hoje eu descobri

No seu olhar

As estrelas vão me guiar

...

Se eu não te amasse tanto assim

Talvez perdesse os sonhos

Dentro de mim

E vivesse na escuridão

...

Hoje eu sei, eu te amei

No vento de um temporal

Mas fui mais, muito além

Do tempo do vendaval

Ivete Sangalo

um dia multicultural...

Entre gente boa, uma visita a Vila-Franca-de-Xira, feita de gostos, sabores, vivências, emoções, recordações e afetos... inesquecível!

Como diz a Teresa, "momentos de amizade, cultura, gastronomia...enfim bons pretextos para estarmos juntos"

e já agora, PARABÉNS, ao Zé Pedro, muitos e bons anos de vida, entre família e amigos!

mar

De todos os cantos do mundo

Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Cheiro a terra as árvores e o vento

Que a Primavera enche de perfumes

Mas neles só quero e só procuro

A selvagem exalação das ondas

Sophia de Mello Breyner Andresen 

sonhos...

Asa quebrada

da triste gaivota

sonho de voar!

Rodrigo de Almeida Siqueira

São tantas no páteo da minha escola...

as cores do mar

muitas tonalidades de azul, verde, o branco das ondas e o dourado da areia...

e todas as formas que encontrámos no jardim!

Simplesmente fabulosos!

os postais dos meninos da pré- primária...
São tantos os animais fantásticos que habitam o mar!

Há dias, projetos e pessoas que tornam a nossa vida especial!

às 7 em ponto...

Incontestavelmente, nunca se atrasa...

André Letria

Pontualidade britânica!!!

mulheres!

A propósito do dia que se comemora, deixo-vos uma mensagem reveladora dos tempos que vivemos... nunca fez tanto sentido, infelizmente!!!

Gesture Drawing

Calçada de Carriche

Luísa sobe,

sobe a calçada,

sobe e não pode

que vai cansada.

Sobe, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe

sobe a calçada.

Saiu de casa

de madrugada;

regressa a casa

é já noite fechada.

Na mão grosseira,

de pele queimada,

leva a lancheira

desengonçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Luísa é nova,

desenxovalhada,

tem perna gorda,

bem torneada.

Ferve-lhe o sangue

de afogueada;

saltam-lhe os peitos

na caminhada.

Anda, Luísa.

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Passam magalas,

rapaziada,

palpam-lhe as coxas,

não dá por nada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Chegou a casa

não disse nada.

Pegou na filha,

deu-lhe a mamada;

bebeu da sopa

numa golada;

lavou a loiça,

varreu a escada;

deu jeito à casa

desarranjada;

coseu a roupa

já remendada;

despiu-se à pressa,

desinteressada;

caiu na cama

de uma assentada;

chegou o homem,

viu-a deitada;

serviu-se dela,

não deu por nada.

Anda, Luísa.

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Na manhã débil,

sem alvorada,

salta da cama,

desembestada;

puxa da filha,

dá-lhe a mamada;

veste-se à pressa,

desengonçada;

anda, ciranda,

desaustinada;

range o soalho

a cada passada;

salta para a rua,

corre açodada,

galga o passeio,

desce a calçada,

desce a calçada,

chega à oficina

à hora marcada,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga;

toca a sineta

na hora aprazada,

corre à cantina,

volta à toada,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga,

puxa que puxa,

larga que larga.

Regressa a casa

é já noite fechada.

Luísa arqueja

pela calçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada,

sobe que sobe,

sobe a calçada,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

Anda, Luísa,

Luísa, sobe,

sobe que sobe,

sobe a calçada.

 António Gedeão

a todas as mulheres que, incansavelmente, sobem a calçada!  

Palavras do Mundo...

Está quase aí, a Semana da Leitura!
Tempo de partilhas e festejos!

Este ano multiplicaram-se as ideias!

adoro acácias...

gosto do aroma, cor, forma, subtileza, e sobretudo da fragilidade!

pena que sejam tão efémeras!!!

 

abraço o que existe

"Em teu abraço eu abraço o que existe
a areia, o tempo, a árvore da chuva
E tudo vive para que eu viva:
sem ir tão longe posso vê-lo todo:
veio em tua vida todo o vivente."

Pablo Neruda

"eu abraço o que existe

a areia, o tempo, a árvore da chuva..."

O Pássaro Eu

Chamo-me pássaro Pablo,
ave de uma pena só,
voador na escuridão clara
e claridade confusa,
minhas asas não são vistas,
os ouvidos me retumbam
quando passo entre as árvores
ou por debaixo das tumbas
qual funesto guarda-chuva
ou como espada desnuda,
estirado como um arco
ou redondo como uma uva,
voo e voo sem saber,
ferido na noite escura,
aqueles que vão me esperar,
os que não querem meu canto,
os que me querem ver morto,
os que não sabem que chego
e não virão para vencer-me,
a sangrar-me, a retorcer-me
ou beijar minha roupa rota
pelo sibilante vento.
Por isso eu volto e vou,
voo mas não voo, mas canto:
pássaro furioso sou
da tempestade tranquila.
Pablo Neruda

voo mas não voo, mas canto...

olhar as flores...

Não te atenhas neste mundo a esquecer-se de olhar as flores

e a dares demasiada atenção às pedras em teu caminho

pois ao dares atenção para as pedras

elas continuarão sendo o que sempre são sem que seja necessário que tu te importes com elas:

umas pedras!

Enquanto as flores

se não são olhadas

entristecem e morrem.

Olhai, portanto, para as coisas boas do mundo

dê atenção especial para as flores

para que elas continuem sempre vivas e alegres

perfumando e colorindo o teu caminho!

Augusto Branco

o início de um projecto...

não sei, vamos ver, pode se que seja...

vou dando notícias!!!

Sê bem-vindo!

Adeus aos dias melancólicos, cinzentos, frios...

Sê bem-vindo, meu querido mês de Março!