quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

o meu mundo, cor-de-rosa!

Adoro o meu blog!
Um local de partilha das “coisas boas” com as quais me identifico, algumas banais outras apaixonantes, misturadas com algumas emoções da minha vida pessoal! Desculpem o egoísmo, mas é muito importante que o meu espaço (virtual) possa ser cor-de-rosa!
Ultimamente, tenho-lhe dedicado tão pouca atenção... a família, os amigos, os alunos, a escola, os infindos projetos, as pessoas têm sido a minha prioridade!
Hoje, antes que o ano termine, vou arrumá-lo e seguir em frente porque  o novo ano está já aí!


FELIZ ANO 2016!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

vida nova!

Comprar presentes de Natal de véspera, demorar a agendar uma consulta médica de rotina, passar para o papel um trabalho, quando o tempo já está quase a findar, deixar para depois uma conversa difícil, são alguns dos meus defeitos! 
Claro que são comportamentos que me incomodam, especialmente porque sou a única responsável! 
“Deixar algo para depois”, ou melhor, procrastinar, uma palavra pouco bonita... vou esforçar-me por bani-la do meu dicionário!

Ano novo, vida nova!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

locais fantásticos!

Em Paredes de Coura, uma das melhores tascas que já conheci, Leira de Cima!




o espaço, os petiscos e a simpatia do pessoal... valeu tanto a pena!

domingo, 27 de dezembro de 2015

Parabéns à minha princesa!!!

A maior sorte e sucesso!
Que o ano que se inicia seja luminoso, repleto de realizações!


 ADORO-TE... mãe

sábado, 26 de dezembro de 2015

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

o meu menino é d'oiro...

O meu menino é d'oiro
É de oiro fino
Não façam caso que é pequenino
O meu menino é d'oiro
D'oiro fagueiro
Hei-de levá-lo no meu veleiro.

Venham aves do céu
Pousar de mansinho
Por sobre os ombros do meu menino
Do meu menino, do meu menino
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó.

Quantos sonhos ligeiros
pra teu sossego
Menino avaro não tenhas medo
Onde fores no teu sonho
Quero ir contigo
Menino de oiro sou teu amigo

Venham altas montanhas
Ventos do mar
Que o meu menino
Nasceu pra amar
Venha comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino no meu trenó.

O meu menino é d'oiro
É d'oiro é de oiro fino ....

Venham altas montanhas
Ventos do mar ....
José Afonso

Menino no berço, barro policromado. Figura de presépio de Estremoz - Museu Nacional de Etnologia

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A mesa está posta...

a casa enfeitada, a lareira acesa...


falta a família para que o Natal tenha sentido... feliz Natal!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

um presépio especial...

da minha amiga Bete, uma encomenda muito aguardada!



adorei, mais um para dar cor ao nosso natal!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

uma estrela

Um conto de natal de Manuel Alegre, escolhido para animar a minha biblioteca!
Uma estrela
A minha avó Margarida
Todos os anos, pelo Natal, eu ia a Belém. A viagem começava em Dezembro, no princípio das férias. Primeiro pela colheita do musgo, nos recantos mais húmidos do jardim. Cortava-se como um bolo, era bom sentir as grandes fatias despegarem-se da areia, dos muros ou dos troncos das árvores velhas, principalmente da ameixieira. Enchia-se a canastra devagar, enquanto a avó ia montando o que se chamaria hoje as estruturas, ou mesmo infraestruturas, junto da parede da sala de jantar que dava para o jardim. Eram caixotes, caixas de chapéus e de sapatos viradas do avesso, tábuas, que pouco a pouco ela ia cobrindo de musgo, ao mesmo tempo que fazia carreiros e caminhos com areia e areão. Mais tarde os rios e os lagos, com bocados de espelhos antigos, de vidros ou mesmo de travessas cheias de água. Até que todos os caixotes, caixas e tábuas desapareciam. Ficavam montanhas, planícies, rios, lagos. Era uma nova criação do mundo. Aqui e ali uma casinha ou um pastor com suas cabras. E todos os caminhos iam para Belém.
Não era como o presépio da Igreja que estava sempre todo pronto, mesmo antes de o Menino nascer. A cabana, a vaca, o burro, os três reis do Oriente. Maria, José, Jesus deitado nas palhinhas. Via-se logo que era a fingir. Não o da avó, que era mais do que um presépio, era uma peregrinação, uma jornada mágica ou, se quiserem, um milagre. Nós estávamos ali e não estávamos ali. De repente era a Judeia, passeávamos nas margens do Tiberíades, andávamos pelo Velho Testamento, João Baptista baptizava nas águas do Jordão e aquele monte, ao longe, podia ser o Sinai ou talvez o último lugar de onde Moisés, sem lá entrar, viu finalmente a terra onde corria o leite e o mel. Mas agora era o Novo Testamento. A avó ia buscar as figuras ao sótão, eram bonecos de barro comprados nas feiras, alguns mais antigos, de porcelana inglesa, como aquele caçador que a avó colocava à frente dizendo: Este é o pai. Seguia-se a mãe, de vestido comprido, dir-se-ia que ia para o baile, mas não, saía de cima de uma mesinha da sala de visitas e agora estava ao lado do pai, olhando levemente para trás onde, entretanto, a avó já tinha colocado figuras mais toscas, eu, a minha irmã, os primos, alguns amigos, todos a caminho de Belém.
- E a avó?, perguntava eu.
- Eu já estou velha para essas andanças.
De dia para dia mudávamos de lugar. E todas as manhãs deparávamos com novas casas, mais rebanhos, pastores, gente que descia das serras, atravessava os rios e os lagos. Os caminhos ficavam cada vez mais cheios. E todos iam para Belém. À noite tremulavam luzes. Acendiam e apagavam. Mas ainda não se via a cabana, nem Maria, nem José.
Então uma noite, entre as estrelas do céu, aparecia uma que brilhava mais que todas.
- Esta é a estrela, dizia a avó.
E era uma estrela que nos guiava. Na manhã seguinte lá estavam eles, os três reis do Oriente, Magos, explicava o pai, que também não dizia Pai Natal, dizia S. Nicolau, talvez por influência de uma misse de origem russa que em pequeno lhe falava de renas e trenós e de S. Nicolau atravessando as estepes.
Cheirava a musgo na sala de jantar. Cheirava a musgo e a lenha molhada que secava em frente do fogão. E os Magos lá vinham, a pé, de burro, de camelo. Traziam o oiro, o incenso, a mirra. Às vezes nós, os mais pequenos, juntávamo-nos e cantávamos: “Os três reis do Oriente / Já chegaram a Belém.”
- Não chegaram nada, atalhava a avó, ainda não.
Estávamos cada vez mais perto. E também nervosos. Confesso que às vezes fazia batota. Empurrava-nos um pouco mais para a frente, para mais perto de Belém e do lugar onde eu sabia que mais tarde ou mais cedo a avó ia pôr a cabana. Mas ela descobria.
- Não lucras nada com isso, podes apressar toda a gente, não podes apressar o tempo.
Cada vez havia mais luzes na Judeia. Por vezes surgiam novos lagos, eram mistérios da minha avó. E a estrela lá estava, a grande estrela de prata que brilhava mais do que todas as outras, às vezes eu ia à janela e via a projecção daquela estrela, ficava confuso, já não sabia se era a estrela da sala ou uma estrela do céu, era uma estrela nova, uma estrela de prata, era uma estrela que nos guiava. No céu, na sala, na Judeia, talvez dentro de nós.
Até que chegava o primeiro dos grandes momentos solenes. A avó chamava-nos ao sótão (nós dizíamos forro), abria uma velha arca e desempacotava a cabana. Depois, muito comovida, quase sempre com lágrimas nos olhos, as figuras de Maria e José.
- Não há nada tão antigo nesta casa, já eram dos avós dos meus avós.
Impressionava-me sobretudo o manto muito azul de Maria e o rosto magro, quase assustado, de José. A avó limpava-os com muito cuidado e mandava-nos sair. Nunca nos deixou ver o resto.
À noite, quando regressávamos da missa do galo, a que a avó não ia, chegávamos a casa e finalmente estávamos em Belém.
A estrela brilhava intensamente sobre a cabana, Maria e José debruçavam-se sobre o berço, onde Jesus, todo rosado, deitado nas palhinhas, agitava os braços e as pernas, envolvido pelo bafo quente dos animais, enquanto os três reis do Oriente, agora sim, chegavam a Belém para depositar aos pés do Menino o oiro, o incenso, a mirra. E vinham os pastores, e vinha o pai, de caçador, a mãe, de vestido de baile, e vínhamos nós, eu, a minha irmã, os primos, não éramos de porcelana nem de barro, estávamos ali em carne e osso, era noite de Natal, uma estrela nos guiava, brilhava sobre a Judeia e sobre o presépio, brilhava cá fora entre as estrelas, brilhava dentro de nós.
Naquela noite, naquele momento, nós não estávamos na sala de jantar em frente do presépio, tínhamos chegado finalmente a Belém para adorar o Menino ao lado de Maria e José e dos três reis do Oriente, Magos, não conseguia deixar de corrigir o meu pai. Mas mágica, verdadeiramente mágica era a avó. Era ela que fazia o milagre da transfiguração, trazia o Natal para dentro de casa e levava-nos a todos até Belém. O cheiro a musgo e a lenha. Os montes, os vales, os rios, os lagos. Caminhos e caminhos que iam para Belém. E a estrela de prata, a estrela que nos guiava. Era uma estrela no céu, dentro de casa, dentro de nós. Pela mão da avó ela brilhava. Pela sua magia Belém estava dentro de casa. E a casa também ia até Belém.
Mais tarde, muito mais tarde, eu estava no exílio. Na noite de Natal os revolucionários ficavam tristes e nostálgicos. Talvez recordassem outras avós, outros presépios, outros lugares. Reuniam-se em casa deste ou daquele, improvisava-se uma árvore de Natal, trocavam-se presentes. Mas ninguém, nem mesmo os mais duros, os que faziam gala em dizer que o Natal para eles não significava nada, nem mesmo esses conseguiam disfarçar uma sombra no olhar. Saudade, dir-se-á. Mas talvez fosse mais do que saudade e solidão e o pior de todos os exílios que é o de se sentir estrangeiro no mundo. Talvez fosse a consciência de que, para lá de todas as crenças ou não crenças, havia um irremediável sentimento de perda. Muitas vezes me perguntei o que seria. Mas não conseguia responder. Sentia o mesmo aperto, o mesmo buraco por dentro, o mesmo sentimento de algo para sempre perdido.
Uma noite de Natal, em Paris, eu estava sozinho. Comprei uma garrafa de vinho do Porto, mas não fui capaz de bebê-la assim, completamente só, num quarto de criada de um sexto andar numa velha rua do Quartier Latin. Peguei na garrafa e fui até aos Halles. Procurei o bistrot onde costumava comer uma omelete de fiambre. Felizmente estava aberto. Pedi a omelete e abri a garrafa. Havia mais três solitários no bistrot, um velho de grandes barbas, um tipo com cara de eslavo, um africano. Convidei-os para partilharem comigo a garrafa de Porto, que não resistiu muito tempo. Encomendámos outras bebidas.
- Conta uma história de Natal do teu país, pediu o velho.
- Só se for a do presépio da minha avó.
- Então conta.
Eu contei. Era já muito tarde e o patrão disse-nos que queria fechar. Chegados à rua o africano apontou o céu e disse-me: Olha.
E eu vi. Uma estrela que brilhava mais que as outras estrelas. Era uma estrela de prata. A estrela da avó. Brilhava no céu, brilhava outra vez dentro de mim, quase posso jurar que brilhava dentro dos outros três.
Então eu perguntei ao africano como se chamava. E ele respondeu:
- Baltazar.
Perguntei ao velho e ele disse:
- Melchior.
E sem que sequer eu lhe perguntasse o eslavo disse:
- O meu nome é Gaspar.
Era noite de Natal e talvez ainda por magia da avó eu estava na rua, em Les Halles, com os três reis do Oriente, Magos, diria o meu pai.
- E agora? perguntei a Baltazar.

- Agora, respondeu o africano apontando a estrela, agora vamos para Belém.
maravilhoso...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

a minha biblioteca...

este ano, particularmente, maravilhosa!


tudo a postos para celebrar o natal!

domingo, 20 de dezembro de 2015

Nascemos, imensamente

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes


gosto muito!

sábado, 19 de dezembro de 2015

o presépio

"Todos os anos, pelo Natal, eu ia a Belém. A viagem começava em Dezembro, no princípio das férias. Primeiro pela colheita do musgo, nos recantos mais húmidos do jardim. Cortava-se como um bolo, era bom sentir as grandes fatias despegarem-se da areia, dos muros ou dos troncos das árvores velhas, principalmente da ameixieira. Enchia-se a canastra devagar, enquanto a avó ia montando o que se chamaria hoje as estruturas, ou mesmo infraestruturas, junto da parede da sala de jantar que dava para o jardim. Eram caixotes, caixas de chapéus e de sapatos viradas do avesso, tábuas, que pouco a pouco ela ia cobrindo de musgo, ao mesmo tempo que fazia carreiros e caminhos com areia e areão. Mais tarde os rios e os lagos, com bocados de espelhos antigos, de vidros ou mesmo de travessas cheias de água. Até que todos os caixotes, caixas e tábuas desapareciam. Ficavam montanhas, planícies, rios, lagos. Era uma nova criação do mundo. Aqui e ali uma casinha ou um pastor com suas cabras. 

E todos os caminhos iam para Belém."
Manuel Alegre

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Descobrir...

A Fundação Calouste Gulbenkian através do programa DESCOBRIR,  proporciona cursos com formatos, horários e durações variados, de forma a servir diferentes tipos de interesses, objetivos e disponibilidades, nas áreas da Música, da Educação Artística, da História da Arte e do Ambiente. Alguns são destinados, particularmente, a professores!
As propostas eram aliciantes! Como fazer a ilustração de um livro de autor? Por onde se começar? Como fazer um storyboard? Que técnicas plásticas utilizar? Como fazer uma composição gráfica de um livro e ainda a importância da relação texto-imagem.
Adorei, sobretudo pelo contacto com obras que não conhecia, pelo processo criativo através da partilha de estratégias e ferramentas criativas, pela experimentação e contacto directo com técnicas diversas passíveis de utilizar com os alunos em sala de aula.
De referir que a concepção e orientação foram da Margarida Botelho e Maria Remédio que estiveram de parabéns! 


Aprender novas coisas é sempre o melhor caminho!

domingo, 13 de dezembro de 2015

É melhor agasalhar-se...

Não vá constipar-se e não consiga dar conta de tanto trabalho que se avizinha!


Uma ilustração, peculiar de Anja Boretzki 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Falta a estrela!

Fascinaram-me as cores e as técnicas!
Ilustração de d'Eva Melhuish

a não perder o trabalho desta ilustradora!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

uma "trabalheira"!!!

Só hoje tivemos tempo de fazer a nossa árvore, ficou tão alta quanto a Fred Blunt

"amei" esta ilustração!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Não sei explicar...

mas adoro renas, parecem-me criaturas simpáticas, afáveis, ternurentas. Fazem parte de um imaginário fascinante!


Uma ilustração maravilhosa de  Daria Nyberg

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Alegrem-se os céus e a terra...

tempo de cantar ao menino... 
mais uma ilustração de Matilde's House!


a fazer lembrar a minha infância!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

domingo, 6 de dezembro de 2015

fragilidades...

Descobri recentemente a Claire Mojher e adorei!
Por muitas e boas razões identifico-me com ela!


maravilhosa, mesmo!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O maior desejo... PAZ!

Pai Natal será que consegues?
Eu acredito que o Pai Natal consegue, juro!!!


 Uma ilustração de Matilde's House, foi difícil a escolha tanta é a qualidade!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ilustrações maravilhosas...

Os próximos dias vou dedicar as minhas publicações a alguns dos ilustradores que considero fantásticos! Como não poderia deixar de ser o tema será, necessariamente, o Natal!
Espero que seja  do vosso agrado!