Enquanto na planície o sol dançava,
Todos os seus desejos recresciam.
Pálida neve! O seu rosto nevava…
Seus olhos tristes às dores sorriam.
Da janela da noite suspirava.
Amores seus, proibidos, consumiam:
A seara infecunda que secava…
E as papoilas de génio que nasciam.
E quando a bruma o seu corpo levou,
Todo o Alentejo cantando a chorou:
Nos seus tão belos poemas de amor.
Mas se os amores lhe foram adversos,
Nem a morte apagou seus lindos versos
Soror Saudade, dor, Charneca em flor.
Florbela Espanca
E as papoilas de génio que nasciam