a caça aos ovos...

Quem tem crianças na família sabe que na Páscoa tem de existir, obrigatoriamente, uma caça aos ovos! Para além do divertimento e da competição saudável é um momento em que os graúdos aparentam ser crianças!

Uma actividade, super divertida e muito fácil de organizar!

Este ano tive a ajuda da Laurinha, a mais pequenina e entusiasta da família. Fizemos cartões de Páscoa, em cartolina, no formato de um ovo, para toda a família!

No domingo de Páscoa, todos serão surpreendidos, cada um terá no seu lugar à mesa um cartão, a lembrar que estão todos convidados!

Hoje, é dia de aprontar os pacotes com ovos e amêndoas e encher a cesta!

Cada conjunto de pacotes terá uma fita colorida que vai corresponder à cor de cada equipa.

Amanhã é só esconder os ovos, ao ar livre, no jardim, nos recantos mais rebuscados!

Se fizer bom tempo, o seu sucesso está garantido!

crucificação de Cristo

muitas são as formas de viver este dia, independentemente da religião é um dia de descanso, reflexão, silêncio...

ilustração de Nikolay Antonov

5ª feira santa

uma imagem bem ilustrativa da Semana Santa, foi uma surpresa conhecer este ilustrador, Nicholas de Lacy-Brown

  

fiquei com curiosidade!

Quase, quase Páscoa!

a mesa começa a compor-se, com um ninho verdadeiro, que as intempéries fizeram chegar às minhas mãos!

Quero acreditar que os seus inquilinos, rápidamente construíram outro, com a mesma perfeição e carinho... 

para mim, foi uma verdadeira inquietação e ao mesmo tempo uma felicidade!

anunciação da Primavera

uma imagem que retrata o gosto pela leitura, a poesia, a natureza, a imaginação, a primavera...

os amigos e a vida!

Livros e flores

Teus olhos são meus livros.

Que livro há aí melhor,

Em que melhor se leia

A página do amor?

Flores me são teus lábios.

Onde há mais bela flor,

Em que melhor se beba

O bálsamo do amor? 

Machado de Assis

entre papéis...

"Procura por mim

Mesmo quando tu te perderes

...

Procura por mim

E eu dou-te tudo que é meu"

papéis e mais papéis!

dias enfadonhos...

Maori Sakai

amanhã continua...

pulmões do mundo

No passado 21 de Março, celebrou-se o Dia Mundial da Poesia, da Árvore e da Floresta!

Uma data para celebrar e sobretudo vivenciar!

A floresta é, infelizmente, este ano um assunto sensível por todo o drama que transporta dos meses de Junho e Outubro… são prementes acções  de arborização e reflorestação da nossa floresta! É urgente, sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores, pelo bem que nos presenteiam,  particularmente, equilíbrio ambiental, ecológico, energia e serenidade!

a par, celebramos a poesia, uma comunhão feliz!

é já no próximo sábado...

mais uma sessão/ encontro da iniciação à cerâmica!
"Ligado à Terra... espigas aos molho", na Associação Imagem Impressa.

apareçam!

ontem, a aula foi na rua...

ou melhor, no Centro Interpretativo do Tapete!
Um lugar que conta a nossa história, define a nossa identidade e representa, dignamente, a nossa cultura!

obrigado pelo acolhimento!

metade de mim é amor...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 

Porque metade de mim é amor

E a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

ao Manel...

o PAI que eu escolhi... 

feliz dia do Pai!

                                                                                

Nascer Todas as Manhãs

Apesar da idade, não me acostumar à vida. Vivê-la até ao derradeiro suspiro de credo na boca. Sempre pela primeira vez, com a mesma apetência, o mesmo espanto, a mesma aflição. Não consentir que ela se banalize nos sentidos e no entendimento. Esquecer em cada poente o do dia anterior. Saborear os frutos do quotidiano sem ter o gosto deles na memória. Nascer todas as manhãs.

Miguel Torga

tão bonito...

as minhas queridas tias...

Diz-me a experiência que os tios são maravilhosos, fazem todas as vontades e concedem todas as mordomices aos sobrinhos! 

Hoje, ao conhecer este trabalho de Sharon Rohloff, lembrei uma querida tia e todas as tias que não sendo minhas me tratavam como igual!

Lembranças que perduram no tempo... a pluralidade de estampados, os lenços expressivos, o colorido das fitas nos chapéus, as pregadeiras na lapela…

a doçura, o sorriso, o abraço!

A Forma Justa

Sei que seria possível construir o mundo justo

As cidades poderiam ser claras e lavadas

Pelo canto dos espaços e das fontes

O céu o mar e a terra estão prontos

A saciar a nossa fome do terrestre

A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia

Cada dia a cada um a liberdade e o reino

— Na concha na flor no homem e no fruto

Se nada adoecer a própria forma é justa

E no todo se integra como palavra em verso

Sei que seria possível construir a forma justa

De uma cidade humana que fosse

Fiel à perfeição do universo

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco

E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo

Sophia de Mello Breyner Andresen, 

o tapete está na escola...

Um projeto das turmas do quinto ano.

O principal objectivo é que os alunos aprendam a conhecer a história, a origem, as técnicas e os materiais de que são feitos os Tapetes de Arraiolos.

Mais do que um projecto é a valorização do património local, a  compreensão da história,  a procura da nossa identidade!

1. Património e identidade!

de volta à azulejaria...

uma paixão antiga que abandonei por motivos alheios... foi um recomeço tímido e inseguro!

este foi um desafio especial!

pedaços feitos

continuo inspirada na multiplicidade de fios e tecidos! Um projecto emocionante, pela memória que transporta...
Gosto muito das fotos, consegui pedaços feitos de simplicidade, encantamento, afeição...

ao  acaso, sem pensar!

o Tempo e o Sossego Suficientes

Eu queria ter o tempo e o sossego suficientes

Para não pensar em coisa nenhuma,

Para nem me sentir viver,

Para só saber de mim nos olhos dos outros, reflectido.

Alberto Caeiro

da minha janela...

mais um desafio!

símbolo

“raízes que se articulam e ganham expressão, extensão e profundidade no tempo, no modo, no corpo e na alma desta casa mundo, deste lugar comum de todos

…

uma árvore mater, mãe, de filhos braços, troncos, mais sofridos, conseguidos, reerguidos, do solo, do chão que alimenta, sustenta, abraça e é fonte de vida, de luz, de amor. Neste encontro de afetos, densos e tensos, os fios, as ligações, as interpelações, as emoções, os sentidos"
 Adelaide... 

inspirador!

escapadelas...

Entre os múltiplos afazeres, vou costurando um colar que idealizei…

ideias loucas, muitos materiais, seda, lã, algodão em plena harmonia, digo eu!

a minha caixa de lápis pastel

Sinto cada vez mais e a cada dia que passa a necessidade de saltar para fora do computador e da secretária, dos trabalhos burocráticos, cinzentões, enfadonhos e iniciar novos projectos, sem pensar e sem qualquer compromisso!

Hoje, agarrei-me, ferverosamente, à minha caixa de lápis pastel.

Passar do trabalho para projectos paralelos e fazer coisas que me dão muito gosto passaram a ser uma realidade absoluta!

O ritmo vai ser natural e ponderado… nada de exaltações!

o tapete está na escola...

Alguns dias são mesmo melhores do que outros.

É o caso do dia de hoje, em que efectuamos algumas experiências com desenhos de tapetes de Arraiolos que os meus alunos seleccionaram. 

É sempre impressionante ver um trabalho tomar forma, especialmente se correspondeu a um desafio efetuado a gente pequena!

Um projeto, de alguma forma pioneiro que pretende tornar simples e perceptível a história, a técnica tradicional, a estrutura, as cores do tapete de Arraiolos.

É emocionante saber que contribuo para perpetuar as nossas raízes, a nossa identidade!

cores, texturas e formas...

Para quebrar as rotinas, o dia sombrio e a responsabilidade inerente aos afazeres profissionais, decidi dedicar algum tempo a coisas que gosto muito…

espalhar felicidade e alento em tons de azul!

inúmeras folhas

As verdades diferentes na aparência são como inúmeras folhas que parecem diferentes e estão na mesma árvore.

 Gandhi

a minha oliveira!

Lá fora...

um dia chuvoso
nublado, cinzento, frio!
Um dia onde não existem horas nem tempos! 
Um dia banal, replecto de coisas banais.
Nada acontece.
um dia onde apetece ficar… 
Pequenos deleites:
o café a fumegar
a camisola de lã, XXL
os lápis de cor,
um filme antigo.
Lá fora,
a serenidade, o silêncio!
não me canso de olhar...
a minha nogueira sem folhas, 
esbelta e majestosa

lembranças, muitas lembranças dos dias ensolaradas!

Dias de chuva, de muita chuva!

Mãe, o que é que é o mar, Mãe?" Mar era longe, muito longe dali, espécie duma lagoa enorme, um mundo d´água sem fim, Mãe mesma nunca tinha avistado o mar, suspirava. "Pois, Mãe, então mar é o que a gente tem saudade?"

Guimarães Rosa

e o mar aqui tão perto!

Improviso do Amor-Perfeito

Naquela nuvem, naquela,

mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.

Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito ?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.

Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito ?

Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se alteia,
entre pálpebras de areia...

Longe, longe... Deus te guarde

sobre o seu lado direito,

como eu te guardava do outro,

noite e dia, Amor-Perfeito.

Cecília Meireles

às vezes me pinto árvore...

o primeiro meu auto-retrato, inspirado no trabalho da Renata Bueno, uma artista plástica, extremamente criativa!

No retrato que me faço

- traço a traço -

às vezes me pinto nuvem,

às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas

de que nem há mais lembrança...

ou coisas que não existem

mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco

- pouco a pouco -

minha eterna semelhança,

no final, que restará?

Um desenho de criança...

Terminado por um louco!

 Mario Quintana

dias muito difíceis...

absurdos, irritantes, banais, aborrecidos, frustrantes, enfadonhos...

ilustração de Roser Matas

sei lá, há dias assim!