quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A chuva, outra vez a chuva da janela do meu quarto...


A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei porque voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora,
já não vem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: Ouves?
Ouço, mãe, é outra vez a chuva, 
a chuva sobre o teu rosto.
Eugénio de Andrade




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