"Regresso
devagar ao teu
sorriso
como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada
comigo. Distraído percorro
o caminho
familiar da saudade,
pequeninas
coisas me prendem,
uma tarde
num café, um livro.
Devagar te amo e às
vezes depressa,
meu amor, e
às vezes faço coisas que não devo,
regresso
devagar a tua casa,
compro um
livro, entro no
amor como
em casa.
Manuel
António Pina
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