terça-feira, 30 de setembro de 2014

Não o Sonho

Talvez sejas a breve
recordação de um sonho
de que alguém (talvez tu) acordou
(não o sonho, mas a recordação dele),
um sonho parado de que restam
apenas imagens desfeitas, pressentimentos.
Também eu não me lembro,
também eu estou preso nos meus sentidos
sem poder sair. Se pudesses ouvir,
aqui dentro, o barulho que fazem os meus sentidos,
animais acossados e perdidos
tacteando! Os meus sentidos expulsaram-me de mim,
desamarraram-me de mim e agora
só me lembro pelo lado de fora.
 Manuel António Pina


"um sonho parado de que restam
apenas imagens desfeitas..."

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Festejar Abril!

Alentejo 
A luz que te ilumina,
Terra da cor dos olhos de quem olha!
A paz que se adivinha
Na tua solidão
Que nenhuma mesquinha
Condição
Pode compreender e povoar!
O mistério da tua imensidão
Onde o tempo caminha
Sem chegar!... 
Miguel Torga



Onde o tempo caminha

Sem chegar!... 

domingo, 28 de setembro de 2014

só hoje!

O domingo tem destas coisas... deliciosas!




o preferido da Té... que saudades!

sábado, 27 de setembro de 2014

atelier aberto...

Cabem cá todos, venha conhecer a nossa associação,..


ficamos felizes com a vossa presença!!!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Para o Meu Coração...

Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.

Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.

                                                          
                                                          Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.
 Pablo Neruda

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

à minha espera!

Apesar das intempéries, nos meus vasos, florescem sardinheiras!


uma casa primaveril!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Todos juntos... a ler!

Tempo de reflectir, planificar e preparar as nossas actividades de leitura...


leitores a tempo inteiro!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Um anjo como tu

"Conta-me a verdade sobre esse teu mundo azul..."



não conhecia... uma surpresa, feliz!









sábado, 20 de setembro de 2014

os mais recentes inquilinos!

O Pudim e a Nata são os novos inquilinos cá de casa!
Uma verdadeira loucura! Novas rotinas e preocupações surgiram com a vinda destas duas criaturas, minúsculas que passam o dia a chilrear e a namorar!
Os ovinhos são tantos que qualquer dia vamos ter de lhe arranjar um ninho!


 Ora aqui está uma bela solução! 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes

um dos sonetos mais bonitos... 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Não há pachorra!

Nem parece verão, a chuva continua, fria e persistente! 


detesto este tempo!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Para o Meu Coração...

"...
Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.
Pablo Neruda

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Chove... indistintamente

"...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente..."
 Fernando Pessoa


e persistentemente!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O 1º dia de aulas...

Hoje, foi o primeiro dia de escola para os meus meninos e tantas outras crianças.
Ontem, ainda foi dia de organizar materiais, forrar livros, identificar cadernos!
Os pais estavam apreensivos e expectantes, as crianças ansiosas pelo 1º dia de aulas e pelo mundo novo que vão enfrentar!
Este ano, duas das minhas princesas ingressaram neste novo mundo, mas sinceramente não sinto qualquer tipo de preocupação, uma vez que as minhas meninas são muito crescidas e autónomas!

Tenho a certeza que vai ser fácil a adaptação...

Paulo Galindro
Quero muito que cresçam felizes e tranquilas e sei que vai correr tudo muito bem!


domingo, 14 de setembro de 2014

Faz-nos tão bem!

Uma tarde especial, com os mais pequeninos...




Que surpresa!!! a Laurinha está tão crescida, risonha e cheia de energia!





sábado, 13 de setembro de 2014

Setembro melancólico...

Que tempo este, o sol partiu e a chuva chegou! Que melancolia!


Mas há alguém que foi de férias!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Novas folhas, novas flores...

" -Tudo tem seu apogeu e seu declínio...
 É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela!...
 Novas folhas, novas flores, na infinita bênção do recomeço! "

Chico Xavier
um recomeço feliz!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Recomeça...

se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.

Miguel Torga


liberdade...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Mais um ano...

Este, particularmente, especial...


PARABÉNS A NÓS... eu não vou parar de te amar!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ao melhor colega… amigo, companheiro!

Hoje, vivi um emaranhado de emoções, foi um dia difícil, intensamente sentido e vivido, peculiarmente especial!
Não consigo, por enquanto, expressar-me sobre o que me vai na alma na qualidade de esposa, amiga, companheira, mas consigo falar-te enquanto colega… é nesse qualidade que quero prestar-te a minha homenagem na decisão penosa que tomastes hoje!
A primeira coisa é dizer-te obrigado, um OBRIGADO, do tamanho do universo, como tu dizes ser o nosso amor… obrigado por tudo o que me ensinaste e partilhaste ao longo da tua imensa carreira profissional!
Nos teus quarenta anos dedicados inteiramente aos alunos e a uma escola de excelência, tive o privilégio de partilhar contigo quase metade deles! Ao longo desses anos aprendi que não basta ser professor, é preciso ser mestre na arte de ensinar e tu és, definitivamente, o maior e o melhor MESTRE que conheci!
Curiosamente, lembrei-me de um texto de José Pacheco que me tem acompanhado nos últimos tempos e que se identifica completamente contigo, “Será indispensável alterar a organização das escolas, interrogar práticas educativas dominantes. É urgente interferir humanamente no íntimo das comunidades humanas, questionar convicções e, fraternalmente, incomodar os acomodados”.
Sempre questionaste e nunca te acomodaste, sempres viveste e sentiste a escola, sempre foste um eterno inconformado, insaciável na busca do conhecimento, da transparência e da verdade, numa escola que foi “nossa” e que nos últimos tempos, devido a circunstâncias de vária ordem passou a ser, unicamente, um local de trabalho, como diz uma amiga!
Mas nem a desmotivação dos últimos tempos, comum a tantos professores, te levou a viver a escola de outra forma, a verdade é que quando chegavas à sala de aula essa desmotivação desaparecia e a entrega era perfeita!
Hoje, especialmente, recordo tantos e bons projetos em estreita correlação com a comunidade, com as famílias bem como o apoio, o afecto que continuamente consagraste aos alunos!
Obrigado por tudo o que foste e és, um exemplo, o melhor exemplo do que é ser professor… um ser humano fantástico que abraçou a profissão, não somente, como uma vocação, mas peremptoriamente como uma missão, sem nunca se cansar de “incomodar os acomodados”!


 Um abraço afectuoso… continuo a precisar de ti e a contar contigo nos meus projectos!

zita

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Que saudades!!!

das noites de verão...

descobri-os este ano, pode parecer estranho, mas ao vivo a música é outra!

domingo, 7 de setembro de 2014

um dia calmo...

Tempo de preparar uma nova etapa, programar e reflectir.


O regresso às aulas!

sábado, 6 de setembro de 2014

Aprendamos, Amor

Aprendamos, amor, com estes montes
Que, tão longe do mar, sabem o jeito
De banhar no azul dos horizontes.

Façamos o que é certo e de direito:
Dos desejos ocultos outras fontes
E desçamos ao mar do nosso leito.
José Saramago
aprendamos...




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A casa dos livros

Exactamente o que ouvi quando entrei na "Casa dos Livros"


"Diz José Saramago que aos livros, há que abri-los com cuidado, porque têm dentro o autor, com toda a sua sensibilidade, com tudo o que o fez ser único e irrepetível. Diz que há que passar a ponta dos dedos pelas lombadas dos livros comum gesto cúmplice, dizer-lhes, aos escritores, que não estão esquecidos e demonstrá-lo voltando a eles, hoje um livro, amanhã outro, para que não desesperem enquanto nos aguardam e nos chamam. Esta biblioteca tem gente nas estantes e Saramago pensava passar com ela muito tempo, vir aqui para ler e conversar com os seus contemporâneos ou com os que os haviam precedido.
 ...
os livros escritos por mulheres estão juntos e por ordem alfabética. A organização dos livros baseia-se em critérios pessoais. Assim, e embora a Literatura seja universal, os livros estão colocados pelos países de origem dos autores. 
...

Na biblioteca José Saramago recebeu os seus amigos. Quando recuperou da doença que em 2007 esteve a ponto de acabar com a sua vida, o primeiro acto público que organizou foi convidar María Kodama para que falasse de Borges em Lanzarote. A memória de Borges é predominante na biblioteca porque Jorge Luis Borges, com Pessoa e Kafka, eram para Saramago os escritores imprescindíveis do século XX. Mais tarde,por aqui passaram outros companheiros de letras e deixaram as suas palavras. Estão contidas neste espaço, se é verdadeira essa lei que diz que nada se perde"

"Esta biblioteca não nasceu para guardar livros, mas sim para acolher pessoas."
Saramago

                                                                                            tantas emoções!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

paisagem negra

"O prazer profundo, inefável, que é andar por estes desertos varridos pela ventania, subir uma encosta difícil e olhar lá de cima a paisagem negra" 
Saramago


indescritível...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"não sendo a minha terra, é terra minha"

"Toda a gente sabe que Lanzarote não é a minha terra, e eu nunca consentirei que se esqueça que o meu lugar de origem, o autêntico, o natural, o de raiz, flor e fruto, é a Azinhaga, com tudo o que, de norte a sul e de este a oeste, chamado Portugal, a rodeia. Mas é em Lanzarote que vivo agora, e com estatuto de residente comunitário, o que faz de mim um lanzarotenho mais, sujeito aos mesmos casos e acasos dos que nasceram cá. Deste ponto de vista, Lanzarote, não sendo a minha terra, é terra minha.”
José Saramago



lindo, tão especial!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Lanzarote...

Estas férias estive nas Ilhas Canárias, mais precisamente em Lanzarote. A curiosidade aguçou-se, depois de me ter sido descrita a beleza e a riqueza de um arquipélago tão próximo do continente africano.

É quase indescritível encontrar as palavras que façam jus a esta ilha… surreal, seca, estonteante, impetuosa, quase inóspita, uma imensidão vulcânica desoladora!

Uma paisagem de outro mundo… imperdível!


Curiosamente, José Saramago escolheu-a para viver nos últimos anos de vida e levou consigo um pedaço de Portugal!


segunda-feira, 1 de setembro de 2014