sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A casa dos livros

Exactamente o que ouvi quando entrei na "Casa dos Livros"


"Diz José Saramago que aos livros, há que abri-los com cuidado, porque têm dentro o autor, com toda a sua sensibilidade, com tudo o que o fez ser único e irrepetível. Diz que há que passar a ponta dos dedos pelas lombadas dos livros comum gesto cúmplice, dizer-lhes, aos escritores, que não estão esquecidos e demonstrá-lo voltando a eles, hoje um livro, amanhã outro, para que não desesperem enquanto nos aguardam e nos chamam. Esta biblioteca tem gente nas estantes e Saramago pensava passar com ela muito tempo, vir aqui para ler e conversar com os seus contemporâneos ou com os que os haviam precedido.
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os livros escritos por mulheres estão juntos e por ordem alfabética. A organização dos livros baseia-se em critérios pessoais. Assim, e embora a Literatura seja universal, os livros estão colocados pelos países de origem dos autores. 
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Na biblioteca José Saramago recebeu os seus amigos. Quando recuperou da doença que em 2007 esteve a ponto de acabar com a sua vida, o primeiro acto público que organizou foi convidar María Kodama para que falasse de Borges em Lanzarote. A memória de Borges é predominante na biblioteca porque Jorge Luis Borges, com Pessoa e Kafka, eram para Saramago os escritores imprescindíveis do século XX. Mais tarde,por aqui passaram outros companheiros de letras e deixaram as suas palavras. Estão contidas neste espaço, se é verdadeira essa lei que diz que nada se perde"

"Esta biblioteca não nasceu para guardar livros, mas sim para acolher pessoas."
Saramago

                                                                                            tantas emoções!

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